sexta-feira, 24 de junho de 2011

Pará – Dom Eliseu promove festival para celebrar safra recorde de goiaba


Pará – Dom Eliseu promove festival para celebrar safra recorde de goiaba

 

Maior produtor de goiaba da Amazônia, o município de Dom Eliseu, sudeste do estado, celebrará a safra recordista, prevista para alcançar as mil toneladas, no I Festival da Goiaba, dias 25 e 26 de junho. O evento, coordenado pela prefeitura em parceria com o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), acontecerá na rua principal da cidade, Juscelino Kubitschek. Estão sendo esperados mais de 10 mil visitantes. A entrada é franca.
Além de shows noturnos, o Festival terá 16 barracas de produtos de agricultura familiar, onde associações e cooperativas exporão e venderão, a preços módicos, subprodutos da goiaba, como compota, geléia e suco. Os órgãos públicos do setor agrícola e fundiário e empresas privadas do ramo também terão seus estandes: Emater e Secretaria Municipal de Agricultura (Semagri), por exemplo, apresentarão juntas seus trabalhos, dividindo o mesmo espaço.
“Por meio de convênios assinados entre Emater e MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) e o projeto Agrofuturo, em parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o escritório local vem executando uma série de ações em prol do desenvolvimento do apl (arranjo produtivo local) da goiaba, que vão do Festival a cursos e oficinas, passando pela realização de um Dia de Campo de goiaba irrigada, que provavelmente acontecerá em setembro”, diz o chefe do escritório local da Emater, o engenheiro agrônomo Oduvaldo Oliveira.
O município tem 52 agricultores familiares de goiaba “de transição agroecológica” (cultivadas sob menos defensivos e adubos químicos, em comparação às quantidades utilizadas no sistema convencional), com 130 hectares plantados. Todos os plantadores são financiados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com o intermédio da Emater.
A colheita da goiaba no Pará acontece somente nos meses de maio e junho, por conta do período pós-chuva na região, porque a cultura exige água constante no seu ciclo, principalmente nas fases de floração e frutificação. Desde o começo do ano, porém, a Emater tem instalado unidades demonstrativas (uds) de sistemas de irrigação em propriedades familiares para que a produção seja possível o ano inteiro.
“O objetivo é descentralizar a safra”, diz o técnico agropecuário da Emater Raimundo Salazar. Até porque, segundo Salazar, na entressafra o Pará tem que importar goiaba de Pernambuco.
Beneficiamento – Dentro da programação prévia do Festival, inclui-se a realização de um curso de processamento da goiaba, desde segunda-feira (7) até sexta-feira (11), ministrado por técnicos da Unidade Didático-Agroecológico do Nordeste Paraense (UDB) a 30 pessoas – entre produtores e esposas e filhos de produtores.
A idéia é repassar sugestões culinárias e informações sanitárias para a manipulação da polpa da fruta, como o preparo de compotas e de doce cristalizado, já que os agricultores ainda ignoram a possibilidade de beneficiamento, vendendo somente a fruta in natura, para feiras e indústrias de suco.
A Emater espera que a capacitação e o estímulo social para o beneficiamento, inclusive envolvendo todos os membros das famílias rurais (esposas e filhos), gere mais renda, valorize as mulheres e os jovens das comunidades e demonstre os múltiplos usos dos produtos da fruticultura agroecológica.
Outra promoção do Festival, também, será o I Seminário sobre o Agronegócio da Goiaba, dia 25, quando pesquisadores da Embrapa ministrarão palestras sobre temas estratégicos, como packhouses (casas de recepção de frutas, onde elas podem ser lavadas e armazenadas) e uso de biodefensivos para uma platéia por ora estimada em 200 pessoas.
Para o sociólogo da Emater Alcir Borges, um Festival de tal porte “é um instrumento importantíssimo para dar visibilidade ao produto, aos produtores e ao contexto socioeconômico que o município representa, como um polo produtor de goiaba com capacidade de abastecer o mercado local e se estender para o nacional e internacional. Além disso, é uma oportunidade de incremento de negócios, em que produtores, compradores e consumidores se encontrarão e poderão trocar idéias e fechar contratos”, festeja.
 
 
Aline Miranda – Emater

segunda-feira, 13 de junho de 2011

18º Festival do Abacaxi foi realizado com sucesso e recorde de público

18º Festival do Abacaxi foi realizado com sucesso e recorde de público
Técnicos da EMBRAPA e orgãos do setor realizaram palestras técnicas e visitas as lavouras de abacaxi para explicar em loco as melhores formas de manuseios e defesa vegetal.
Mais uma vez foi sucesso o tradicional evento Festival do Abacaxi. Na 18ª edição da festa, a população foi presenteada com atrações de alto nível e muita alegria. O prefeito do município Alsério Kazimirsk (PSC) fez questão de que o evento fosse direcionado a homenagear todas as pessoas que trabalham na cadeia produtiva do abacaxi. 
Durante as três noites e dias de festa, milhares de pessoas compareceram as atividades. Na sexta-feira a secretaria de agricultura realizou várias palestras sobre as etapas do plantio, cultivo e comercialização da fruta que a principal atividade econômica do município. À noite as igrejas evangélicas tiveram a oportunidade de realizar uma grande programação que teve como atração a cantora gospel Cristtyna Oliveira. A noite foi encerrada com o show do cantor JB Viola e Banda. 
No sábado houve várias competições esportivas. À tarde, produtores de abacaxi, criadores 
Prefeito Alsério e o vice Adélio estiveram presentes durante todo evento. (foto) Eles entregam a premiação as vencedoras do concurso Rainha do Abacaxi.
de gado, produtores de leite, comerciantes, políticos e população em geral realizaram uma grande cavalgada que chamou atenção de toda cidade. A noite foi realizado o tradicional Concurso Rainha do Abacaxi. Uma grande queima de fogos também homenageou os produtores e logo em seguida foi dado início ao principal show da festa, a banda Ravelly, de Belém que mostrou o ritmo paraense que está tocando em todo Brasil. E para amanhecer o dia ainda se apresentou a banda Doce Feitiço, de Conceição do Araguaia. 
No domingo, mais competições esportivas foram realizadas. Destaque para a grande prova de Motocross com participação de pilotos do Pará, Maranhão e Tocantins. À noite após a entrega das premiações que contou com a presença do Deputado Federal Zequinha Marinho, o público ainda dançou o show da banda Véi de Bengala, do Tocantins. A festa foi encerrada com o show de Edivan Viola e Banda. 
Durante e
Milhares de pessoas se concentraram todas as noites diante do palco central onde aconteceram várias apresentações culturais e shows. A banda Ravelly se apresentou no Sábado.
ntrevista o prefeito Alsério da Ametista disse que apesar das economias que é obrigado a fazer, acredita ter realizado uma festa a altura do que povo queria e do que o município pode fazer. “Nós procuramos o equilíbrio de nossa gestão e estamos conseguindo, graças a Deus em primeiro lugar e a nossa equipe que tem feito um bom trabalho, a confiança que a população tem nos dado também tem sido fundamental para continuarmos trabalhando”, explicou Alsério. 
Durante as três noites a produção do evento exibiu um filme/documen-tário mostrando os avanços na atual gestão. O resultado do trabalho emocionou os presentes e de certa forma tranquilizou a população que viu que o município está em boas mãos. “Já não tinha dúvidas, mas agora estou mais confiante em continuar trazendo recursos para Floresta do Araguaia”, disse o Deputado Zequinha Marinho se referindo ao documentário exibido.

do site "A NOTÌCIA" (Redenção)

sábado, 11 de junho de 2011

Paneiro


PANEIRO - O VERSÁTIL CESTO AMAZONICO



PANEIRO - é o cesto amazônico por excelência, feito de talas de guarimã, guarumã ou arumã, eu prefiro chamar de guarimã como é conhecido no baixo amazonas e zona Bragantina do Pará, é confeccionado  em traçado hexagonal, formando "estrelas de Davi" . A palavra paneiro é hibrida, vem do tupy - PANÁ (cesto) com o sufixo português - EIRO que expressa uso, finalidade e profissão (paná + eiro = Paneiro). Muita coisa se faz com o guarimã, além dos tradicionais paneiros, no passado, os caboclos ribeirinhos, embalavam farinha em paneiros que eram forrados com as folhas do guarimã. Carrega-se e guada-se nos paneiros,  de roupas a alimentos, até animais são transportados em paneiros na Amazonia. 


Planta de guarimã


Em Belém, o antigo super mercado Charisma, embalava as compas dos clientes com paneiros forrados com jornais , pense numa embalagem ecológica, mamãe me levava algumas vezes, íamos e voltávamos de taxi. 


Paneiro Embalagem


Hoje algumas empresas de artigos regionais utilizam cestinhos de guarimã, como apelo bem regional e ecológico
Embalagem de guarimã


Até hoje, na feira do Açai em Belém do Pará, o açai que vem das ilhas do Baixo Amazonas e outros rios da região, são comercializados em PANEIROS. 



A peneira feita de guarimã, já tomei muito açai feito nelas. 

NEM SÓ DE TRIGO VIVERÁ O HOMEM,....


NEM SÓ DE TRIGO VIVERÁ O HOMEM,....

....MAS DA MACAXEIRA, DA TAPIOCA, DO PÃO DE QUEIJO, DA FAROFA COM CARNE SECA, ETC....

Há cerca de quatro anos aqui no Brasil, temos presenciado e sentido o aumento dos preços dos alimentos que contém trigo. O trigo tem subido de preço e diferente da soja, milho e arroz, o trigo é essencialmente de regiões de clima temperado e subtropical, não existe trigo tropical, ele não é produzido em regiões equatoriais.

Sabemos que o trigo é alimento universal, é consumido praticamente em todos os países da terra, é bíblico e histórico e faz parte da tríade do mundo europeu antigo – Pão – Azeite – Vinho. Como é um cereal produzido em clima temperado ou subtropical, o Brasil produz pouco trigo, apenas cultivando cerca de 13% do total que consome. Por ser importado, o trigo tem subido muito de preço, não há possibilidade de se expandir o plantio em mais áreas. O tradicional pãozinho do dia-a-dia e o pastel, está mais caro. O que fazer, vai faltar pão ?, sim, pode até faltar pão, mas não vai faltar alimento. Veja o que podemos comer no nosso rico café da manhã: 






ILUSTRAÇÃO:
PÃO DE QUEIJO , CUSCUZ  DE MILHO, CUSCUZ  DE  ARROZ, FAROFA, TAPIOQUINHA C/  MANTEIGA, TAPIOQUINHA COM TUCUMÃ(de Manaus), FARINHA DE TAPIOCA(típica do Pará), MACAXEIRA(aipim, mandioca mansa), BOLO DE MACAXEIRA, PUPUNHA(do Pará), BANANA FRITA, BANANA CHIP E FRITA(vendidas nas ruas de Manaus-AM), BATATA DOCE, BOLO DE BATA DOCE. (alimentos sem trigo)



Diante de todo esse panorama, afirmamos que nenhum país do mundo possui tanta alternativa alimentar para substituir totalmente o trigo como o Brasil, desde a tapioquinha, passando pela mandioca, a farofa de carne, passando pelo pão de queijo, bolinho frito de arroz, cuscuz de arroz e de milho, pamonhas no café, etc.

Nós não precisamos de trigo para viver, mesmo sabendo que a função gastronômica deste cereal, o de ligar(unir) e dar maciez aos alimentos é muito importante, talvez como função gastronômica o trigo faça falta, mas como alimento principal já não faz falta no Brasil.

Nós fazemos várias refeições sem trigo, se comemos uma buchada de bode, o acompanhamento é arroz, farinha de mandioca e feijão, produtos que nós produzimos muito bem. Os apaixonados por “massas”, a pasta italiana, podem se contentar com menos.

A tradição não pode estar acima da sobrevivência humana. Lembro-me do tempo em que o óleo comestível que mais se usava no Brasil era o de caroço de algodão e de amendoim e no sudeste se usava quase que somente banha de porco. Hoje a soja substitui 90 % do óleo de fritura no país. Os tipos de alimentos mudam ao passar dos anos.

Mas algo maravilhoso acontece no Brasil, é que podemos voltar a comer nossa alimentação típica, tornando-a corriqueira – tapioca, canjica, cuscuz de arroz ou milho, macaxeira, pão de queijo (o orgulho de Minas), banana frita, petas, farinha de tapioca, etc., no café da manhã.

O café nós temos, o leite também, o amido de milho, amido de mandioca e o amido de arroz são os substitutos do pão de trigo importado.

Não estamos desprezando o legado culinário do trigo e de toda sua riqueza gastronômica, não é bairrismo de nossa parte, mas apenas expressamos que dá pra se viver sem trigo sim e os restaurantes italianos não vão falir por causa disso. Com o pão ficando mais caro, os nossos produtos da roça voltam a evidencia e isso é bom.

Uma vedete – O pão de queijo mineiríssimo não leva trigo e já há alguns anos, está sendo vendido nos Estados Unidos como uma iguaria exótica de sucesso, assim como aconteceu com as tortillas mexicanas feitas de milho.


Texto de Pedro Paulo Barbosa